Criada por avó, loja de bolos virou rede que produz 55 mil unidades por dia | Ideias de negócios

O impulso para a criação do negócio veio em 2009, quando o filho mais novo de Sônia, Rafael Ramos, foi demitido do emprego. A partir da necessidade de conseguir uma renda extra, a família decidiu alugar um ponto comercial e montar um negócio de venda de bolos, utilizando as receitas caseiras de Vó Sônia. A primeira loja foi aberta no centro da cidade de Ribeirão Preto (SP) e contou com o apoio dos quatro filhos da empreendedora, Rafael, Eduardo, Daniel e Fabrício Ramos. A criação do logo da marca ficou por conta de Leonardo Ramos, hoje com 30 anos, um dos oito netos da empreendedora.

“Vi em nosso hábito de reunir em volta da mesa para comer meus bolos uma oportunidade. Eu ficava na loja e ele [Rafael] ia até os cruzamentos ou pontos de ônibus, ali na redondeza, com o uniforme, para entregar panfletos ou até mesmo levar alguém até a loja. No fim do dia, e com todos os bolos vendidos, já nos preparávamos para fazer a produção no dia seguinte”, explica.

Na época em que decidiu abrir a Casa do Bolo, Vó Sônia era aposentada e se dedicava aos cuidados da saúde de seus pais. Antes disso, porém, já tinha acumulado experiência à frente de negócios. “Acho que sempre tive uma veia empreendedora, enxergava oportunidades de longe. Junto ao meu marido já tive um açougue, estamparia e confecção de roupas esportivas, mas foi no bolo caseiro que realmente me encontrei. Percebi então que eu queria mesmo é ter um negócio prazeroso e que melhorasse a renda da minha família e encontrei no bolo caseiro meu verdadeiro propósito, que mudou minha vida e de toda a minha família”, diz.

Com a entrada do negócio ao universo das franquias, a empreendedora conta que uma das maiores dificuldades foi manter o padrão de qualidade de todos os bolos, já que eles foram criados a partir de receitas familiares. “O desafio foi manter os nossos bolos com a mesma qualidade e carinho que eu fazia em casa. Algo que, felizmente, temos conseguido realizar com bastante êxito. Hoje eu diria, até de forma bastante positiva, que a nossa dificuldade é continuar fazendo com que o bolo caseiro una as famílias e seja capaz de aproximar as pessoas, gerando conversas e rendendo boas histórias”, pontua.

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