X fora do Brasil? Relembre como Elon Musk virou dono da rede social, que pode sair do país


Desde que comprou o X, Elon Musk vem criticando as decisões judiciais impostas à rede social em diferentes países Na noite de quarta-feira (28/8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, emitiu uma intimação exigindo que Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), nomeie um representante legal no Brasil no prazo de 24 horas, com risco da plataforma ser suspensa em todo o território nacional. A intimação ocorreu após o X realizar o fechamento, em 17 de agosto, do seu escritório no Brasil. Desde que comprou o X, Musk vem criticando as decisões judiciais impostas à rede social em diferentes países.
O bilionário adquiriu o Twitter em abril de 2022 por aproximadamente US$ 44 bilhões, com cada ação avaliada em US$ 54,20. A compra foi aprovada por unanimidade pelo conselho da empresa. No entanto, a transação não ocorreu sem dificuldades. A aquisição envolveu um processo repleto de negociações intensas e controvérsias, que geraram suspensões e adiamentos.
Um dos principais pontos de discórdia foi o número de contas falsas na plataforma. Musk expressou preocupações sobre a precisão dos dados fornecidos pelo Twitter a respeito da proporção de contas falsas em relação ao total de usuários. Em um post na rede social, o empresário mencionou que o acordo estava “temporariamente suspenso” devido a pendências relacionadas a esse detalhe.
Por conta disso, acionistas do Twitter processaram Musk, acusando-o de manipular o mercado para reduzir o valor de sua oferta de 44 bilhões de dólares ou obter margem para negociar um desconto. De acordo com a ação judicial, Musk teria utilizado suas postagens e declarações públicas para semear dúvidas sobre a transação, criando um ambiente de incerteza em torno do negócio.
Após intensas disputas legais e negociações, a aquisição foi finalmente concretizada em outubro de 2022. Entre as principais mudanças implementadas, Musk anunciou que o Twitter seria rebatizado como “X” como parte de sua visão para transformar a plataforma em uma “superapp”, que poderia englobar uma variedade de serviços além das redes sociais, como pagamentos e comunicação.
X fora do Brasil? Veja as principais mudanças promovidas pelo bilionário
Elon Musk promoveu várias mudanças no Twitter, agora chamado X, com o objetivo de transformá-lo em um superapp.
As principais alterações incluíram a introdução de um novo logo e a criação de um limite de 1.000 tuítes diários para usuários não verificados, visando combater a extração excessiva de dados. Musk também lançou a opção de verificação paga através do Twitter Blue, que oferece tuítes de até 25 mil caracteres e a possibilidade de editar posts por 30 minutos.
Além disso, novos selos de verificação foram adicionados: dourado para empresas e cinza para órgãos governamentais. A ferramenta TweetDeck agora é exclusiva para usuários verificados ou assinantes do Twitter Blue. As métricas dos tuítes foram ampliadas para incluir visualizações e salvamentos.
Ainda foi implementado um sistema de checagem colaborativa de fatos chamado “Notas da Comunidade”, permitindo que usuários decidam sobre avisos em tuítes controversos.
X fechou escritório no Brasil
Na semana passada, a rede social X anunciou em sua própria plataforma que vai encerrar as operações no Brasil. Segundo o comunicado, a posição foi tomada depois de uma intimação de Moraes imposta à responsável pelo escritório do X no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, por descumprimento de decisões judiciais.
No entanto, o serviço permanece disponível para os usuários brasileiros.
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