Uso de Inteligência Artificial em apresentações suscita debate sobre uso da tecnologia em substituição aos humanos | PressWorks
A ascensão da Inteligência Artificial (IA) no marketing e na criação de apresentações corporativas tem gerado debates sobre sua capacidade de substituir o fator humano em momentos-chave da comunicação empresarial. Enquanto a IA oferece agilidade, personalização e acesso a recursos criativos avançados, a questão central permanece: até que ponto ela pode realmente substituir uma apresentação conduzida por um ser humano?
“A IA tem o poder de acelerar processos demorados, como a pesquisa de referências, geração de insights e redação de textos persuasivos. Com isso, equipes de marketing podem focar mais na estratégia e menos em tarefas repetitivas”, afirma Guilherme Garritano, Head Comercial da Agência Chave Mestra , empresa especializada na criação de apresentações estratégicas para eventos de alto impacto.
Outro grande avanço proporcionado pela IA é a criação de imagens e artes exclusivas, reduzindo a dependência de bancos de imagens genéricos – o que garante diferenciação visual sem os custos elevados de uma produção tradicional. “No contexto das apresentações, isso significa slides mais impactantes, com visuais gerados sob medida e narrativas aprimoradas com sugestões inteligentes de storytelling”, diz o especialista.
Apesar das vantagens, o uso excessivo ou indiscriminado da IA apresenta riscos, de acordo com Garritano. O primeiro deles é a segurança da informação. “Muitas ferramentas de IA armazenam dados, o que pode representar vulnerabilidades se não forem utilizadas com protocolos adequados de proteção”.
Outro problema é a pasteurização do conteúdo. Quando usada sem um olhar humano crítico, a IA pode gerar materiais genéricos, sem criatividade real. Por isso, é essencial que profissionais continuem no comando, garantindo que o material tenha originalidade e identidade.
“Na Chave Mestra, utilizamos IA para potencializar processos criativos, mas sempre com curadoria humana. Organizamos bancos de dados internos e utilizamos IA para transcrição de reuniões, geração de insights e desenvolvimento de imagens exclusivas”, explica o head, ressaltando que todo material passa por revisão e refinamento para manter a autenticidade e alinhamento estratégico.
O executivo também destaca que, em momentos estratégicos, como reuniões decisivas, eventos corporativos ou interações com stakeholders, o fator humano é insubstituível.
“A capacidade de transmitir emoção, persuadir e criar conexões reais ainda é um diferencial exclusivamente humano. Empresas que souberem equilibrar tecnologia e criatividade tendem a se destacar em um cenário de comunicação cada vez mais dinâmico”, pondera Garritano.
Na visão dele, a IA continuará evoluindo, especialmente na produção de vídeos e conteúdos dinâmicos, impactando tanto campanhas publicitárias quanto apresentações corporativas. “No futuro, espera-se que ferramentas avancem para garantir maior consistência visual alinhada ao branding das marcas, ampliando as possibilidades criativas sem comprometer a identidade”, conclui ele.