Startup aposta em ferramenta que reconhece deepfake em áudios que simulam vozes humanas com IA | Tecnologia

A criação de vídeos adulterados e áudios manipulados ficaram ainda mais simples a partir dos avanços da Inteligência Artificial (IA), que está com maior qualidade e fácil de usar. Os especialistas chamam essas situações de deepfake, técnica que usa IA e outros conteúdos verdadeiros, como foto e vídeo, para criar adulterações realistas. Para combater essa fraude, a PinDrop, startup norte-americana sediada em Atlanta, lançou recentemente uma nova ferramenta que promete detectar e eliminar o áudio falsificado.

Segundo Vijay Balasubramaniyan, cofundador e CEO da PinDrop, os deepfakes de áudio divergem da voz humana de maneiras muito específicas. “Em qualquer canal de áudio, há 8 mil amostras da sua voz a cada segundo, então há 8 mil vezes que uma máquina pode errar”, afirma Balasubramaniyan ao portal INC.

Além disso, de acordo com o empreendedor, a boca humana é o resultado de um legado evolutivo particular que os sistemas de IA ainda lutam para imitar com precisão. “Ao longo de 10 mil anos, você desenvolveu uma sobremordida porque começou a comer alimentos macios e, então, a desenvolver maneiras muito naturais de canalizar o ruído. A IA ainda não chegou lá”, diz ele.

Dessa forma, a ferramenta chamada PinDrop Pulse Inspect possui uma tecnologia sofisticada que discerne o áudio deepfake, identificando padrões únicos que vêm naturalmente dos humanos, mas são difíceis para máquinas replicarem em escala por períodos sustentados. Os exemplos de tais padrões incluem distorções de frequência, variação de voz, pausas não naturais e anomalias temporais.

A nova ferramenta está sendo comercializada para especialistas em checagem de desinformação, departamentos de segurança de empregas, além das plataformas de mídia social. Atualmente, a Pindrop possui parcerias com 11 das maiores seguradoras dos Estados Unidos e oito dos 10 maiores bancos e cooperativas de crédito.

A plataforma também se baseia em ferramentas anteriores produzidas pela Pindrop, o que ajuda instituições financeiras a confirmar as identidades de seus clientes por telefone. A empresa, fundada em 2011, afirma que a nova ferramenta é 99% precisa ao identificar deepfakes. “Por causa do mundo remoto em que vivemos, [deepfakes] quebram a confiança no comércio. É um problema bem complicado que buscamos resolver”, diz Balasubramaniyan.

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