PMEs do varejo crescem 16,6% por dia nas vendas em novembro, impulsionadas por Black Friday


No entanto, alta das taxas de juros e o aumento recente da percepção de risco são desafios para continuidade do crescimento As pequenas e médias empresas (PMEs) do varejo registraram alta de 16,6% por dia útil nas vendas em novembro ante o mês de outubro, segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). A análise ainda aponta aumento de 1,8% no faturamento no mês em comparação ao mesmo período de 2023. A pesquisa avalia a movimentação financeira média por dia útil dos últimos 12 meses em 69 segmentos do varejo.
Segundo Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, o “efeito Black Friday” sobre as PMEs que também atuam no e-commerce foi ainda mais significativo, com um avanço de 5,2% no faturamento na comparação anual.
O crescimento no período foi puxado por 40% das atividades monitoradas. Dos 69 segmentos monitorados, cerca de 29 tiveram alta no faturamento no período recente – produtos alimentícios, pedras para revestimento, livros, artigos de fotografia e filmagem, artigos de iluminação, artigos esportivos e artigos de joalherias registraram alta. Já os setores de vestuário e acessórios, bebidas e artigos de cama, mesa e banho recuaram.
No acumulado do ano até outubro, de acordo com os dados do IODE-PMEs, o segmento varejista teve uma elevação de 5,8% no faturamento, com o comércio, apresentando uma expansão de 6,1% em relação ao mesmo período de 2023. Para Beraldi, essa situação demonstra o crescimento econômico motivado pelo aumento de consumo das famílias.
“O movimento tem sido sustentado por um mercado de trabalho aquecido — com desemprego abaixo de 6,5% e rendimentos reais superiores aos níveis pré-pandemia — e pela política fiscal expansionista, destacando a ampliação dos programas de transferência de renda. Esses fatores produzem efeitos significativos no consumo doméstico e favorecem as atividades do comércio”, comenta Beraldi.
Contudo, o economista considera que, apesar da continuidade do avanço da renda nos últimos meses, a alta das taxas de juros e o aumento recente da percepção de risco na economia doméstica trazem preocupações sobre a continuidade positiva dos negócios das pequenas e médias empresas.
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