Pastelaria fatura R$ 150 mil por mês com ‘experiência de feira’ que tem pombo cenográfico e refri no saquinho | Franquias
Barracas de frutas, caldo de cana, sons ambientes e até pombos cenográficos compõem o ambiente da loja Pastel di Fêra, fundada pelo empreendedor Bruno Guedes, 34 anos, em outubro do ano passado, em Santo André (SP). O negócio tem faturado cerca de R$ 150 mil por mês e inicia agora a expansão com franquias. As primeiras unidades devem ser abertas na vizinha Mauá (SP) e no Recife (PE), ainda no mês de agosto.
Nos últimos quatro anos, Guedes mergulhou no mercado de gastronomia como influencer na região, por meio da página Dicas no ABC, que reúne mais de 500 mil seguidores, e de uma agência de marketing focada no segmento. “Comecei a receber várias propostas para abrir negócios na área, mas nada me chamou tanto a atenção quanto o pastel”, diz.
De acordo com ele, o salgado seria uma forma de fazer “o básico bem-feito”, algo que dizia sentir falta nos restaurantes que atendia em sua agência. Nas pesquisas que o empreendedor fez para basear seu negócio, ele identificou que o mercado de pastéis se resumia à oferta tradicional das feiras e aos produtos gourmetizados, que se afastam da simplicidade do quitute.
“Não existem muitas marcas de pastel porque é justamente um produto commodity: é só abrir uma barraca que vende. Eu pensei em fazer o caminho contrário, colocando uma marca [em primeiro lugar] e o produto em segundo plano. Todo o conceito vai ser o mais importante”, explica.
A aposta foi investir em um ambiente de loja que lembre uma feira de rua tradicional, com produtos carregados de nostalgia, como sorvete feito na hora a partir de sucos, kombi cenográfica, refrigerante servido em um saco plástico, pombos e cachorros vira-lata caramelo (ambos de mentira) e caixotes com frutas de verdade, para que o cliente possa aproveitar e “fazer a feira”.
Em determinados momentos, algumas frases emblemáticas como “moça bonita não paga, mas também não leva” são entoadas pelas caixas de som e pelos atendentes. “E ainda tem o pastel”, diz o empreendedor. Apesar da atmosfera que exalta o modelo de negócio, ele ressalta: não é o “ambiente caótico” de uma feira.
Empreendedor apostou na gastronomia na pandemia
Guedes atuou no ramo imobiliário entre 2011 e 2019 e, paralelamente, tinha uma banda que tocava na noite. Atritos com um antigo sócio na carreira artística o fizeram acumular uma dívida milionária. Para tentar mudar de vida, comprou um intercâmbio para a Austrália em 2020. No entanto, não conseguiu embarcar por conta da pandemia de covid-19.
Toda a situação fez com que o empreendedor voltasse a morar com a mãe, que era cabeleireira, e passasse a ajudá-la a fazer entregas de delivery e serviços de motoboy para ter uma renda no período. Toda a divulgação do “Felivery” (Fernanda, que é o nome da mãe, e o canal de entrega) era feita por Instagram, e ele percebeu a força da ferramenta naquele período.
“Comecei a fechar contratos para gerar tráfego para restaurantes, que era o setor que mais precisava se digitalizar naquele momento”, conta. Dessa forma, surgiu a agência. A página de dicas também nasceu como um adendo para ajudar a divulgar os clientes, mas acabou ganhando uma proporção maior, se tornando um negócio à parte.
Projeto nasceu em seis meses
O Pastel Di Fêra foi desenvolvido entre março e setembro do ano passado, demandando um investimento de R$ 250 mil. Em abril deste ano, o projeto foi formatado para franquia.
A loja tem a estrutura desenvolvida para delivery, mas ainda não investiu na divulgação do canal. Guedes acredita que isso possa ajudar a dobrar o faturamento. Os eventos também são uma frente importante de geração de receita. “É uma vertical que rende de R$ 4 mil a R$ 5 mil por ocasião”, diz.
Rodízio de caldo de cana e borda recheada
Guedes defende o “básico bem-feito” e disse que investiu na qualidade do pastel servido na loja. A massa é produzida internamente, e a meta é ter um centro de distribuição na região do ABC, em até três meses, para fornecer o insumo padronizado para as lojas de São Paulo. Em outras regiões, a ideia é replicar a receita em indústrias compartilhadas, a exemplo do que acontece com cervejarias.
Cada pastel custa a partir de R$ 14,90, e atualmente o tíquete médio é de cerca de R$ 25. Os sabores com mais saída são o de hot dog e o de estrogonofe. O cliente ainda pode optar por uma borda recheada de catupiry ou cheddar.
A venda de produtos exclusivos, como refrigerante sabor caldo de cana e rodízio de caldo de cana, também é destaque.
Já são seis unidades vendidas, e o objetivo é chegar a 30 contratos assinados até o fim do ano. Guedes espera inaugurar cerca de 18 lojas até dezembro. O foco são lojas de rua, mas algumas operações também podem funcionar em espaços fechados – a de Recife, por exemplo, será em um shopping center.
A Pastel Di Fêra trabalha com diferentes formatos de franquia, com investimento inicial a partir de R$ 50 mil, para as lojas pocket, que venderão apenas pastel e caldo de cana ou sorvete retrô. A mais completa, que inclui todo o cardápio, tem valor a partir de R$ 250 mil. O prazo de retorno estimado é em 18 meses.
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