McDonald’s onde Luigi Mangione foi preso, suspeito de assassinar CEO de plano de saúde, vira alvo de críticas e difamação em reviews | Negócios

O McDonald’s de Altoona, na Pensilvânia, foi alvo de uma avalanche de críticas online após a prisão de Luigi Mangione, de 26 anos, acusado de assassinar o executivo da UnitedHealthcare, Brian Thompson. A detenção ocorreu na última segunda-feira (09/12) e foi facilitada por funcionários do restaurante, o que desencadeou uma onda de ataques virtuais ao estabelecimento.

A reação veio em forma de “reviews” — prática em que usuários deixam avaliações positivas ou negativas com base na qualidade dos serviços prestados. No entanto, o campo foi utilizado como forma de protesto. Neste contexto, cerca de 100 avaliações depreciativas surgiram na página do McDonald’s no Google, muitas delas criticando os funcionários que colaboraram com a polícia.

“Este restaurante de fast food abriga um traidor entre seus funcionários”, afirmou uma das avaliações, que classificou o McDonald’s com uma estrela. Outra pessoa escreveu: “As batatas fritas estavam tristes e frias, como o coração daquele informante. Atmosfera bem deprimente também. Parece que alguém pode te dedurar.”

Alguns comentários faziam piadas irônicas sobre o cardápio do restaurante. “Cara, o McRib voltou, foi isso que o derrubou. Ninguém resiste ao retorno do McRib”, brincou um usuário. Outro associou a prisão ao “Funcionário do Mês”, criticando a rapidez com que o trabalhador teria acionado a polícia.

A avalanche de críticas também trouxe acusações de que o restaurante estaria “infestado de ratos”, alegação que viralizou, mas que, segundo o Google, não corresponde à realidade. De acordo com o Daily Mail, a empresa de tecnologia interveio e removeu as avaliações que não se relacionavam a experiências reais de clientes. “Essas avaliações violam nossas políticas e foram removidas”, afirmou a plataforma em comunicado.

Avaliações criticas ao McDonald's — Foto: reprodução
Avaliações criticas ao McDonald’s — Foto: reprodução

Segundo a polícia, um cliente idoso teria identificado Mangione e alertado um funcionário do restaurante, que imediatamente notificou as autoridades. Ao chegar ao local, os policiais encontraram Mangione usando uma máscara médica e acessando um laptop prateado, com sua mochila ao lado da mesa. Quando questionado, o suspeito apresentou uma carteira de motorista de Nova Jersey com o nome de Mark Rosario e data de nascimento de 21 de julho de 1998.

No entanto, a polícia logo desconfiou da autenticidade do documento e informou ao suspeito que ele estava sob investigação. A prisão ocorreu de forma tranquila. Segundo funcionários do McDonald’s, o episódio não causou grandes interrupções no restaurante.

Quem é Luigi Mangione, suspeito de assassinar CEO?

Mangione, de 26 anos, foi preso sob a acusação de ser o principal suspeito do assassinato de Brian Thompson, CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare. O crime, ocorrido na última quarta-feira (4/12) em frente a um hotel de luxo em Manhattan, Nova York, mobilizou uma operação policial em larga escala.

Thompson, de 50 anos, foi morto a tiros em plena luz do dia. O atirador fugiu do local logo após o crime, o que desencadeou uma procura policial que durou cinco dias. Informações sobre o perfil de Luigi Mangione divulgadas pelo New York Post mostram que ele possui um histórico acadêmico de destaque.

Orador de sua turma no Ensino Médio, Mangione se formou em ciência da computação com foco em inteligência artificial pela Penn State University, instituição de prestígio associada ao grupo Ivy League. Além disso, de acordo com seu perfil no LinkedIn, ele atualmente reside em Honolulu, no Havaí, e trabalha como engenheiro de dados para uma empresa automotiva sediada na Califórnia.

Antes disso, destacou-se como o aluno com a maior média de notas em uma escola preparatória de prestígio em Baltimore. Também obteve diplomas de bacharel e mestrado pela Universidade da Pensilvânia e chegou a atuar como conselheiro-chefe em um programa pré-universitário da Universidade Stanford.

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