Inteligência Artificial e seu potencial para as ONGs

Nos últimos meses, tenho consumido bastante conteúdo sobre inteligência artificial, ChatGPT, Midjourney, entre outras ferramentas. Confesso que estou fascinada com todas as descobertas até aqui, mas, por outro lado, muito provocada em perceber como essa “revolução artificial” irá nos trazer mais benefícios do que riscos.


Pensando nisso, criei uma série de textos que estou chamando de “Inteligência Artificial e seu potencial para as ONGs”, com a ajuda do próprio ChatGPT, para conversarmos sobre as oportunidades, desafios, dilemas e limitações em torno da IA e suas aplicações.


Vamos lá?


Primeiro, o que é Inteligência Artificial (IA)?


A Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação que busca desenvolver máquinas e sistemas capazes de realizar tarefas que, até então, eram exclusivas da capacidade humana, como aprendizado, raciocínio, percepção e compreensão de linguagem natural. Quando perguntado, o ChatGPT diz que a IA tem experimentado avanços notáveis nas últimas décadas, impulsionados por técnicas de aprendizado profundo (deep learning) e pelo aumento na disponibilidade de dados e poder de processamento. Esses avanços permitem o desenvolvimento de algoritmos mais sofisticados e eficientes, ampliando as possibilidades de aplicação da IA em diversas áreas. 


As aplicações da Inteligência Artificial são vastas e abrangem setores como saúde, educação, transporte, indústria e comércio. Alguns exemplos de uso da IA incluem sistemas de personalização de conteúdo, como os encontrados em plataformas de streaming, e-commerce e Facebook; assistentes virtuais, como Siri, Alexa e Google Assistant, que ajudam os usuários em tarefas diárias; diagnósticos médicos auxiliados por IA, que aumentam a precisão e agilidade na detecção de doenças; e carros autônomos, que utilizam sensores e algoritmos de IA para navegar com segurança no trânsito (se te convidassem, você andaria num Tesla autônomo?).

O que é o ChatGPT e como ele pode ajudar as ONGs


Benefícios e desafios da IA


Ao adotar soluções de IA, as ONGs podem automatizar tarefas repetitivas, melhorar a tomada de decisões e aprimorar a captação de recursos (tenho feito usos com ChatGPT e outras ferramentas para otimizar meu dia a dia e em breve estarei pronta para compartilhar alguns resultados com vocês). 


Além disso, diz a criação da OpenAI, a IA possibilita a análise de grandes volumes de dados, facilitando a identificação de tendências e padrões que podem orientar a criação de programas e projetos mais efetivos (no que diz respeito a esse ponto, tenho testado o ChatGPT para me apoiar em algumas análises de dados; de fato, ele consegue trabalhar bem em “equipe” – ele e eu -, em especial o Chat GPT-4, mas não dá para confiar sem questionar ou sem validar a resposta, mas ainda assim há ganho, pois o trabalho fica mais ágil).


Contudo, a adoção de IA no Brasil e, em especial no terceiro setor, ainda está em estágios iniciais, neste último ponto, sobretudo quando comparada a setores como tecnologia, finanças e saúde. Uma pesquisa realizada pelo Google for Startups, em parceria com a Abstartups e a Box1824, identificou diversos desafios enfrentados pelo setor de IA no Brasil. Dentre os principais obstáculos estão a falta de mão de obra qualificada, a carência de uma cultura data-driven (orientada a dados), a falta de regulação e a “fuga de cérebros” (saída de profissionais altamente qualificados dos seus países de origem em busca de melhores condições em outros países). Além disso, a pesquisa destacou a necessidade de maior diversidade, equidade e inclusão nas equipes que trabalham com IA, visto que empresas “homogêneas” podem limitar a inovação e o desenvolvimento de soluções pioneiras. Esses desafios mostram a importância de investir em educação tecnológica, políticas públicas e ambientes de trabalho inclusivos e diversos para impulsionar o crescimento do setor de IA no país.


No que diz respeito ao terceiro setor, muitas organizações enfrentam dificuldades em contratar e reter talentos com conhecimentos em IA e em treinar seus colaboradores para utilizar as novas ferramentas e tecnologias. Além disso, a implementação de soluções de IA pode exigir investimentos significativos, o que pode ser um obstáculo para ONGs com recursos limitados.

Os desafios das ONGs pequenas


Mas parece que a própria IA tem caminhos, ela orienta que para superar esses desafios é fundamental que empreendedores sociais de ONGs busquem estabelecer parcerias e colaborações com governos, empresas e universidade, a fim de promover a capacitação, o acesso a recursos e o compartilhamento de conhecimentos e experiências. Dessa forma, o terceiro setor poderá aproveitar o potencial da Inteligência Artificial para tornar-se mais ágil, inovador e capaz de enfrentar os desafios sociais e ambientais de forma mais eficiente.


Resta saber como esses desafios e obstáculos vão superar/interagir com nossos graves problemas estruturais, como desemprego, analfabetismo funcional, exclusão digital e monopólios no setor de tecnologia.


Papos para os próximos textos.

Fontes:

What Nonprofits Stand To Gain From Artificial Intelligence

Os desafios da inteligência artificial no Brasil

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