Exclusivo: startup Plure anuncia fim das atividades; leia entrevista com cofundadora | Startups

No nosso lançamento, a gente tinha um público muito específico. Eram startups, que têm um pensamento mais inovador, que entendem um pouquinho melhor o valor da diversidade. No primeiro ano, meus clientes eram só startups: Creditas, Nuvemshop, Movile. Temos que lembrar que veio uma onda de layoffs muito grande, e isso afetou diretamente o meu negócio. Me vi tendo que virar o canhão para o outro lado e mudamos para um público de indústria, começamos a atender Renault, Volvo, Saint-Gobain, Ambev. Esse público não está tão atualizado sobre diversidade e inclusão, então, eu precisava explicar o porquê a pauta era importante. A sensação era de andar para trás. Para fechar o contrato, levavam 60 dias e eu, como startup, não consigo me manter até essa empresa me pagar daqui a 90 dias. Eu não tinha mais estabilidade financeira para bancar a estrutura que uma indústria precisava que eu tivesse, sem ter um investidor botando dinheiro. Eu acho que essa mudança de público, o inverno de startups, afetou muito a gente.

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