Enchentes de maio afetaram 70% de acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, diz instituição | Reconstrói Rio Grande do Sul
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul estima que 70% de seu acervo foi afetado pelas enchentes do último mês de maio. O balanço, divulgado pela instituição na última quarta-feira, informou que aproximadamente quatro mil itens foram atingidos pelas chuvas, um dos maiores desastres ambientais da história recente do Brasil. O museu tinha, no total, 5,8 mil peças.
De acordo com o Margs, que completa 70 anos em 2024, as obras apresentam diferentes níveis de estragos. Há as atingidas diretamente pela água e outras pela umidade no interior do prédio, mantido pela secretaria estadual de cultura e localizado na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, próximo ao rio Guaíba.
A maior parte das obras afetadas são do acervo em papel: 300 fotografias, mil desenhos e 2,4 mil gravuras. Aproximadamente 100 pinturas, 70 esculturas e 150 peças de técnicas mistas também sofreram algum dano. No momento, elas passam por processos de secagem e desumidificação e, se necessário, restauração.
“Diferentemente das consequências de um incêndio, obras afetadas por água ou umidade são passíveis de restabelecimento com técnicas de restauração”, diz o comunicado do museu, que está entrando em contato com cerca de 700 artistas autores das obras.
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul segue fechado, sem previsão de ser reaberto ao público.