Empreendedor aposta no conceito de ‘team building’ e conquista público corporativo com experiências imersivas | Ideias de negócios
De happy hour com vinhos a oficina de spray em tela, a Bora Experiências tem a proposta de oferecer ao público corporativo atividades mais dinâmicas e interativas, para além dos escritórios e postos de trabalho. Fundada em 2021 por Bruno Barroso, hoje com 37 anos, a empresa hoje atua em Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), mas já realizou experiências-piloto em Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília, no Distrito Federal.
Empreendedor de quarta viagem, o mineiro fundou outras três empresas antes da Bora Experiências, todas com operações na área de impacto social e terceiro setor. No entanto, conta que sentia saudade do “frio na barriga” despertado no início de todo novo negócio. Sendo assim, decidiu apostar na área de entretenimento e turismo, campo pouco explorado ao longo de toda a sua trajetória profissional.
“A Bora Experiências veio de uma vontade de empreender de novo. Comecei a olhar para o público de mais de 50 anos, principalmente mulheres. E durante a pandemia eu fiz uma série de entrevistas com essas pessoas e descobri que o termo ‘experiência’ começou a surgir bastante”, explica o empreendedor.
A partir das pesquisas, Bruno teve o insight de criar uma plataforma que fizesse a curadoria de experiências fora do comum, que pudessem realizadas nas grandes cidades, nos campos de gastronomia, arte e bem-estar. “As pessoas me falavam que queriam viver novas experiências, mas não essas que aparecem logo de cara em uma busca pelo Google. Eu falo que o problema no mundo não é a falta de opções, mas sim a falta de caminhos para encontrar opções que você deseja”, diz.
No início do negócio, o atendimento era realizado apenas para pessoas físicas, com vendas segmentadas até a formação de um grupo mínimo de dez pessoas por atividade. “Começamos em Belo Horizonte. As pessoas começaram a ir às nossas experiências e, mesmo sem que eu estimulasse, começaram a nos procurar enquanto pessoas jurídicas, querendo que seus funcionários e clientes também pudessem realizar as mesmas atividades”, afirma Barroso.
Até meados de 2023, a Bora Experiências funcionou com duas frentes de atuação, por meio da promoção de atividades para pessoas físicas e, também, para equipes empresariais. Porém, devido à alta procura por parte do público corporativo, Bruno decidiu seguir apenas com o modelo B2B, baseado no conceito de Team Building. A proposta é que os funcionários possam criar mais conexões entre si, a fim de estimular o engajamento no âmbito profissional.
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A escolha por deixar de atender experiências individuais se deu pela dificuldade de sempre reunir o número mínimo de participantes para as atividades. “Tínhamos de ficar sempre fechando grupos de forma picada, porque as nossas experiências são sempre no coletivo. Já no corporativo o cliente vem com um grupo de mais de dez colaboradores”, aponta Bruno.
Com mais de 60 experiências disponíveis, entre workshop de massas, jantar às cegas e um dia como chef de cozinha, a Bora Experiências faturou R$ 1,9 milhão em 2023, com a projeção de atingir R$ 3 milhões em 2024. O negócio faz a interlocução entre participantes e empresas fornecedoras das atividades imersivas e recebe entre 15% e 20% do valor do serviço, variando conforme o tíquete médio de cada experiência escolhida.
“Eu não sou uma agência de produção. Tenho uma equipe super enxuta, com duas pessoas e um financeiro externo. Eu já rodei mais de 530 experiências nos últimos dois anos, e em um único mês consigo fazer mais de 20 experiências. No ano passado, atendemos 38 clientes, e só esse ano eu já fiz mais do que esse número em menos de cinco meses”, finaliza.