Empreendedor abre restaurante no quintal de casa para arrecadar dinheiro para causas sociais | Gestão
Um restaurante no quintal da casa de Panikos Panayiotou, de 44 anos, tornou-se um ponto turístico que atrai clientes de todo o mundo. Localizado na cidade de Walsall, na Inglaterra, o Lakis Greek Kitchen atende cerca de 200 clientes por noite de funcionamento —que fazem reservas com até dois meses de antecedência. O valor das vendas é doado para a caridade.
O restaurante serve apenas comida caseira e tradicional grega, preparada por Michelle, esposa do empreendedor, e um chef voluntário. Desde 2014, o negócio arrecadou £ 64.000 (cerca de R$ 465 mil) para instituições de caridade locais e para ajudar moradores de rua.
“Faço isso por seis semanas todo ano. Este ano, a equipe arrecadou £ 16.500 (R$ 120 mil) para ajudar um menino de três anos com um tumor cerebral, bem como outras boas causas”, diz Panayiotou.
Segundo o empreendedor, os vizinhos aprovam a proposta do negócio. “Costumamos fazer um almoço de rua para os moradores locais. Eles são ótimos e adoram que estejamos arrecadando para causas locais. Temos muito apoio da nossa área local.”
O empreendedor construiu o espaço em memória de seu falecido pai, Lakis, que era dono de uma loja de fish and chips (peixe e fritas) e estava construindo sua própria taverna no Chipre. Porém, ele morreu de câncer em 2012, antes de ter o empreendimento concluído. Panayiotou decidiu terminar o trabalho que ele havia começado ao mesmo tempo que arrecadava dinheiro para boas causas. O restaurante conta com um pequeno santuário para homenagear o patriarca.
“Ele provavelmente pensaria que eu não estava cozinhando a comida direito, que ele poderia fazer melhor”, diz o empreendedor à agência de notícias SWNS. “Mas ele me elogiaria, não para mim, para os outros. Se estivesse aqui, ele seria a alma da festa.”
“Sou cipriota grego de segunda geração, e minha mãe migrou para cá em 1974 com meu pai. Eles vieram para cá em férias”, conta o empreendedor, acrescentando que a mãe foi responsável por ensinar as receitas tradicionais.
“Quando começamos, não esperávamos fazer isso por tanto tempo. Quero chegar aos 20 anos [de operação], se pudermos, e ajudar muitas pessoas ao longo do caminho”, diz Panayiotou. “Acreditamos no poder da comida e da herança para unir as pessoas e criar uma mudança positiva.”