Eleito melhor do mundo, chef serve sorvete de 'sangue' e menu de R$ 4 mil; conheça
Com um menu provocador, o Alchemist, do chef Rasmus Munk, propõe uma experiência culinária incomum. Cozinheiro foi eleito o melhor do mundo no The Best Chef Awards — que também reconheceu 17 brasileiros Rasmus Munk, chef e proprietário do restaurante Alchemist, em Copenhague, na Dinamarca, foi eleito o melhor chef do mundo de 2024 pelo The Best Chef Awards, consolidando sua reputação com um restaurante que desafia os limites da gastronomia e é considerado o “mais estranho” da Europa. Munk recebeu o prêmio em uma cerimônia em Dubai, na última quarta-feira (6/11).
Com um menu provocador e uma ambientação teatral, o Alchemist propõe uma experiência culinária incomum, onde pratos como “Fome” — carpaccio de coelho servido sobre uma réplica de caixa torácica humana — trazem à tona questões sociais e convidam o público a refletir sobre a fome no mundo.
A equipe elabora pratos que lembrem restos de produtos utilizados na cozinha. Isso inclui criações como modelos de olhos humanos e réplicas de línguas, tudo parte de um conceito gastronômico holístico que se propõe redefinir o que significa comer. No cardápio, destacam-se pratos inusitados, como cérebro de cordeiro, água-viva e sorvete de sangue de porco, reforçando a imagem do Alchemist como um restaurante que transita entre o teatro e a gastronomia.
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No Alchemist, uma “experiência” completa custa cerca de £ 600 (R$ 4,4 mil), enquanto uma refeição na exclusiva “Mesa Sommelier” pode chegar a £ 1.826 (R$ 13 mil).
A jornada de Munk começou em 2015, quando ele abriu a primeira versão do Alchemist após chamar a atenção com um prato inspirado no câncer de pulmão de sua avó. Hoje, ele conta com uma equipe de 30 chefs trabalhando com ingredientes residuais e rejeitados, como traqueias e vísceras, além de frutas e vegetais descartados. As criações são servidas em uma sala de jantar futurista com projeções 3D, que complementam a experiência.
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Em uma postagem emocionada no Instagram, Munk comemorou a vitória, dizendo: “UAU! Inacreditável!!! Acabei de ser premiado como o número 1 do mundo pelo The Best Chef Awards 2024! Incrivelmente orgulhoso!”.
Brasileiros também foram reconhecidos
A premiação, organizada pelos Best Chef Awards, trouxe também o chef espanhol Albert Adrià e o dinamarquês Eric Vildgaard como segundo e terceiro colocados, respectivamente. Ao todo, 550 chefs foram reconhecidos, incluindo 17 brasileiros.
Essa é a oitava edição do prêmio, e a dinâmica de votação foi alterada neste ano. Agora, o mecanismo de classificação usa o sistema de “facas”, mas a classificação é parecida com a das estrelas, que leva em conta a pontuação dos chefs. Quando um profissional obtém um maior número de facas, mais prestigiado ele é. A eleição é feita por mais de 500 profissionais da área gastronômica de 63 países.
Entre os brasileiros premiados, dois chegaram ao prestigiado selo de três facas, que é concedido a chefs de maestria excepcional: Manu Buffara, do restaurante Manu, em Curitiba, e Alex Atala, que comanda o D.O.M. e o Dalva e Dito, em São Paulo.
Com duas facas, foram reconhecidos Alberto Landgraf (Oteque, do Rio de Janeiro), Fabrício Lemos e Lisiane Arouca (Origem, de Salvador), Ivan Ralston (Tuju, de São Paulo), Janaina Torres (Bar da Dona Onça, de São Paulo), Jefferson Rueda (Casa do Porco, de São Paulo) e Rafa Costa E Silva (Lassai, do Rio).
Já com uma faca foram reconhecidos os chefs Dante & Kafe Bassi (Manga, de Salvador), Felipe Bronze (Oro, no Rio de Janeiro), Geronimo Athuel (OCYÁ Leblon, no Rio de Janeiro), Helena Rizzo (Maní Manioca, de São Paulo), Kazuo Harada (Kazuo, de São Paulo), Luiz Filipe Souza (Evvai, de São Paulo) e Tássia Magalhães (Nelita, de São Paulo).
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