Após receber Nobel de Física, ex-Google volta a alertar sobre riscos da inteligência artificial | Tecnologia

Hinton, que por mais de dez anos trabalhou no Google, deixou a empresa no ano passado para poder falar mais abertamente sobre os riscos da nova fronteira da Inteligência Artificial (IA), a IA generativa, que permite a geração de conteúdos como textos, fotos e imagens, a partir de comandos simples, e hoje é usada em chatbots e ferramentas como o ChatGPT e o Copilot.

Hinton é um pioneiro da Inteligência Artificial. Em 2012, ao lado de dois estudantes de pós-graduação da Universidade de Toronto, criou uma tecnologia que se tornou a base intelectual para os sistemas de IA. Em maio de 2023, no entanto, ele se juntou a um coro de críticos, que dizem que essas mesmas companhias estão correndo em direção ao perigo por conta de sua campanha agressiva para criar produtos baseados em inteligência artificial generativa.

Sua preocupação imediata, afirmou na entrevista, era que a internet fosse inundada com fotos, vídeos e textos falsos, e a pessoa comum “não será mais capaz de saber o que é verdade”. Ele também demonstrava preocupação com os efeitos da nova tecnologia no mercado de trabalho. E, no limite, vê mesmo uma ameaça para a humanidade, porque muitas vezes aprendem comportamentos inesperados com a grande quantidade de dados que analisam.

Hinton disse que quando as pessoas o perguntavam como ele conseguia trabalhar com tecnologias potencialmente perigosas, ele parafraseava Robert Oppenheimer, que liderou o esforço dos Estados Unidos para construir a bomba atômica: “Quando você vê que algo é tecnicamente bom, vá em frente e faça”. Mas, agora, não pensa mais assim.

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