Confeiteiro autodidata abre loja e fatura R$ 70 mil no primeiro mês
Em dois meses, Matheus Rosa formatou o negócio e, junto com sócios, inaugurou a confeitaria que leva seu nome, em São Paulo O confeiteiro carioca Matheus Rosa, natural de Campos dos Goytacazes (RJ), inaugurou a Matheus Rosa Confeitaria Brasileira, localizada no Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, em dezembro do ano passado. Ali ele explora a união da brasilidade com técnicas modernas e influências internacionais que adquiriu sozinho.
No primeiro mês de funcionamento, foram comercializados 2,5 mil itens — número que ele espera dobrar em breve — e faturados R$ 70 mil. “Minha proposta é trazer sabores genuinamente brasileiros, mas com uma abordagem contemporânea e global’’, diz Rosa, que aproveitou sua participação na primeira edição do MasterChef Confeitaria e soube transformar a visibilidade no reality show em uma oportunidade de negócio.
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O espaço que leva o nome do confeiteiro tem 108 m², reunindo salão e produção, em que são oferecidas sobremesas autorais que combinam criatividade e sofisticação.
No cardápio, criações como o carro-chefe Entremet de jabuticaba (musse de jabuticaba com chocolate branco, geleia de jabuticaba e joconde de castanhas brasileiras, a R$ 30) dividem espaço com o Entremet de chocolate, bacon e tangerina (musse de chocolate dark milk, geleia de tangerina, cremoux de cambuci, croustillant de castanha-do-pará e bacon, a R$ 32) e o Rollcake de coco (sponge cake com musse de coco, chantilly de coco e lascas de coco seco, R$ 30).
Há, ainda, os famosos bombons pintados à mão, disponíveis em sabores como maracujá com cachaça, pé de moça e cocada (R$ 7 a R$ 8 cada um). Embora os doces sejam o foco do lugar, existem alternativas para quem prefere um prato salgado.
O entremet de jabuticaba servido na loja de Matheus Rosa
Divulgação
Autodidata e resiliente
Matheus Rosa não seguiu uma formação tradicional na confeitaria. “Sou praticamente autodidata. Não fiz faculdade e consegui fazer alguns cursos vendendo cookies e doces nos lugares onde trabalhei para custeá-los”, conta o confeiteiro.
Quando teve condições, aprimorou suas técnicas em instituições, como a Le Cordon Bleu e a Escola de Confeitaria Diego Lozano, além de acumular experiências em restaurantes como Corrutela, Pipo, De Segunda e Casa Rios, todos em São Paulo.
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Além disso, Rosa traz influências de formações técnicas anteriores em eletrônica e física. “Ao invés de farinha, ovo e açúcar, vejo farináceo, aglutinante e isso me ajuda a mexer em uma receita sem perder estrutura ou qualidade”, cita.
Já o processo de abertura da loja, sobretudo em apenas dois meses, foi desafiador, mas proposital: aproveitar o auge do programa para trazer visibilidade ao negócio. “Foi cansativo, mas valeu a pena”, afirma Rosa.
Para concretizar o projeto, ele contou com um investimento de R$ 300 mil de seus dois sócios, os engenheiros Leonardo Morais e Denis Ferreira, que também auxiliam na gestão administrativa e burocrática.
Expectativa e exclusividade
Com expectativa de vender 5 mil sobremesas por mês e faturar entre R$ 80 mil e R$ 100 mil pelo mesmo período, a Matheus Rosa Confeitaria Brasileira promete experiências exclusivas – cada bombom é pintado à mão, por exemplo, e até os doces mais comuns trazem algum diferencial.
O confeiteiro ainda aposta na diversificação de canais de venda. Além da loja física, os doces estão disponíveis no iFood, Rappi e via WhatsApp, com delivery próprio. “Quero que as pessoas possam comer um doce com gosto de infância, mas com cara de futuro”, deseja Rosa.
Junto da equipe de cinco pessoas, Matheus Rosa planeja novos empreendimentos. Seu próximo objetivo é trabalhar com sorvetes e continuar crescendo no mercado da confeitaria brasileira, sempre mantendo sua identidade e criatividade.
“Meu foco é valorizar produtos e tradições brasileiras, trazendo um toque exclusivo e acessível. Cada doce conta uma história e é isso que quero compartilhar com as pessoas”, conclui.
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