42% dos brasileiros sentem impacto da inflação nas finanças, mostra pesquisa | Negócios

A inflação e o custo de vida estão fazendo com que consumidores priorizem mais despesas essenciais, diminuindo gastos com lazer, moda e produtos de conveniência. Pelo menos, é o que mostra uma pesquisa desenvolvida pela Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado da Gouvêa Ecosystem, que entrevistou 2 mil brasileiros de 18 anos ou mais das classes A, B, C e D no último mês de agosto.

Segundo o levantamento, 42% dos brasileiros sentem que suas finanças estão sendo impactadas pelo aumento da inflação geral. O índice é acompanhado pela percepção de uma alta generalizada de preços, sobretudo nos alimentos (38%), energia e moradia (23%). Já nas classes A e B, os gastos com saúde pegam uma boa parte do orçamento familiar, com 44% na Classe A e 35% na Classe B, comparado com 33% da média geral.

“Esse consumo está sendo impactado por uma combinação de pressões financeiras, insegurança, preocupações com a saúde e a rápida digitalização. O que vemos é uma busca por sobrevivência financeira, onde o consumo de produtos e serviços mais supérfluos fica em segundo plano”, destacou Karen Cavalcanti, sócia-diretora da Mosaiclab, durante o evento Latam Retail Show, que acontece nesta semana em São Paulo.

De acordo com a pesquisa, o consumidor também está ficando mais endividado: 21% dos brasileiros relataram dificuldades com contas impagáveis, como cartões de crédito e financiamentos, e 18% destacaram dificuldade para pagar parcelas por causa do aumento das taxas de juros.

Atualmente, gastos básicos têm um forte peso no orçamento do brasileiro. Cerca de 63% dos entrevistados afirmaram que gastam mais com alimentação, seguido por energia elétrica (50%), água (34%) e gastos com impostos (34%). Em último lugar aparece gastos com jogos e apostas (9%).

Já para aqueles que pretendem gastar um pouco mais, a pesquisa mostra que o brasileiro pretende aumentar o consumo em roupas, calçados e acessórios (45%), seguido por viagens nacionais (41%) e eletrodomésticos e eletrônicos para o lar (35%).

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