Donos do Posto 6 e Salve Jorge abrirão bar que homenageia mulheres na Vila Madalena | Negócios
No começo de setembro, a boêmia Vila Madalena, em São Paulo, ganhará um novo bar, chamado Ômadá. O empreendimento será tocado pelos donos do Grupo Salve Jorge, responsável pelos bares Patriarca, Posto 6 e Salve Jorge, que também operam na região, e as mulheres como tema central. O investimento estimado é de R$ 2,5 milhões. A notícia foi antecipada a PEGN.
Fábio Salomão, um dos sócios, comenta que a empresa já vinha em um processo de revitalização desde 2016, com reformas nas outras casas. O projeto já era ter um bar novo. O ponto que abrigará o Ômadá pertenceu ao grupo entre 2003 e 2008, nos seus primeiros anos de atividade na Vila Madalena. “A empresa passou por um problema financeiro, após crescer de forma grande e descontrolada. Agora está voltando para as nossas mãos”, diz.
O novo bar terá 55 mesas, acomodando aproximadamente 180 pessoas. A ideia é “homenagear as mulheres”, e o próprio nome do estabelecimento é inspirado na música “Ô Madalena”, de Ivan Linss. O ambiente vai celebrar figuras femininas notáveis, incluindo a primeira mulher a ser alfabetizada no Brasil, a indígena Madalena Caramuru.
“A casa é arejada, com um pé direito alto, uma ampla varanda e um teto retrátil que abre de ponta a ponta”, diz Salomão. Estão ao lado do empreendedor no Grupo Salve Jorge os sócios Bruno Romano, Wanderley Romano e Felicio W. Salomão. Para este ano, a empresa tem uma estimativa de faturamento de R$ 2 milhões.
O cardápio do Ômadá terá como destaque os drinques, elaborados pelo mixologista Marcelo Serrano, além de bolinhos de arroz recheados, porção de pernil desfiado e mandioca chips. O prato especial da casa será o paillard de mignon empanado.
A história do Grupo Salve Jorge na Vila Madalena começou em 2002, com a inauguração do Posto 6, um bar que homenageia o Rio de Janeiro. Logo em seguida, a empresa abriu o bar José Menino, no mesmo espaço que agora abrigará o Ômadá. O grupo ainda lançou o Salve Jorge, em 2005, e o Patriarca, em 2007.
Copa do Mundo no Brasil transformou a Vila Madalena
A própria Vila Madalena passou por intensas transformações nos últimos dez anos, após a Copa do Mundo realizada no Brasil, em 2014. Na época, turistas brasileiros e estrangeiros, além dos próprios paulistanos, transformaram as ruas do bairro em um evento não-oficial das competições. “Foi como um meteoro que caiu na região”, diz Salomão.
Ele comenta que o período deixou um legado de degradação para o bairro, que não tinha infraestrutura para atender a demanda. “Outro público começou a frequentar, o que também trouxe negócios que nem sempre atendiam as normas de horário, por exemplo”, diz.
A percepção é ecoada por outros empreendedores da região, como Humberto Munhoz, sócio do 3T Brasil, que comanda O Pasquim Bar e Prosa – negócio que acaba de completar dez anos de atividade. “Pouco antes de abrirmos era um cenário terrível, com muitos ambulantes e um público que não costumava frequentar a região”, diz. O empresário analisa que os negócios locais conseguiram ajustar os ponteiros na Copa de 2018, que aconteceu na Rússia, e sobretudo na organização do Carnaval desde então.
Assim como o Grupo Salve Jorge, o 3T tem diversificado os investimentos nos últimos anos, com unidades d’O Pasquim Bar e Prosa em outros bairros e até o no Mercado Municipal de São Paulo, no centro da cidade. “Para o segundo semestre do ano que vem, o plano é ir para shopping centers”, adianta. Uma primeira unidade d’O Pasquim em espaço fechado deve abrir as portas até o próximo Carnaval, no aeroporto RIOGaleão, no Rio de Janeiro, onde o grupo já opera um quiosque de empanadas.