Empreendimentos de proximidade crescem no Brasil, diz FecomércioSP


Dados mostram que número de vagas de emprego também aumentaram O varejo de proximidade está crescendo no Brasil. Dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) nesta segunda-feira (1/7), mostram aumento do número de lojas de conveniência e também da oferta de vagas de trabalho no segmento. Mudanças impostas pela pandemia ajudam a explicar a tendência.
Entre os anos de 2019 e 2022, informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), divulgadas pelo Ministério do Trabalho e apuradas pela FecomércioSP, indicam aumento de 213,2% no número de lojas de conveniência com empregados — de 2.198 para 6.884. Bombonières cresceram 7,5% (12.242 para 13.160) e lojas de bebidas tiveram alta de 13,1% (19.596 para 22.164).
No mesmo período, houve um avanço de 12,5% no total de estabelecimentos do varejo nacional com empregados, passando de 1.095.337 para 1.232.697 pontos.
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A partir de números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), a federação indica que os postos de trabalho no comércio brasileiro cresceram 12,1%, com 764.056 novas vagas criadas, entre dezembro de 2020 e maio deste ano.
Já o número de empregos disponíveis nos segmentos de “varejos de vizinhança”, como nomeia o estudo, cresceu três vezes mais. A maior alta está em lojas de conveniência, com variação de 43,7%, seguida por doces, balas, bombons e semelhantes com 38,8%.
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Na avaliação de Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP, o crescimento do comércio de proximidade no país pode ser explicado por uma mudança do estilo de consumo dos brasileiros, que, em meio às várias tarefas do dia, tem feito compras menores.
Outro fator que favoreceu o comércio de proximidade foi o distanciamento social, argumenta Vasconcellos. “O avanço desse tipo de comércio foi acelerado pela pandemia e os seus efeitos imediatos de menor mobilidade urbana e, posteriormente, na retomada das atividades, com os avanços do home office e do trabalho híbrido”, afirma.
O especialista pontua que o movimento também representa transformações no modelo de negócios dos empreendimentos. Menores estabelecimentos são uma resposta empresarial aos desafios crescentes de manter grandes lojas, dada as dificuldades estruturais para a disponibilidade de terrenos extensos bem como os elevados custos inerentes à construção, aluguel, custeio e operacionalização.
Os estabelecimentos de proximidade suprem a demanda de pequenas compras do dia a dia. Porém, como essas vendas têm um tíquete médio menor, é necessário compensar com grande circulação de clientes e consequentemente maior número de pedidos. “O varejo de proximidade prima pela assertividade. Há forte necessidade de avaliação correta nos produtos essenciais e que precisam ser repostos para um bom giro. A empresa precisa se localizar de forma consonante ao fluxo de clientes ou onde eles residem”, finaliza Vasconcellos.
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