CEO do maior banco do mundo critica home office e explica retomada do presencial: ‘Não funciona’


Jamie Dimon, do JPMorgan, reclamou de ineficiência e falta de comprometimento no trabalho à distância. Este mês, empresa determinou volta ao trabalho presencial cinco dias na semana O CEO do maior banco do mundo em valor de mercado, de acordo com GlobalData, criticou o trabalho remoto durante um discurso na Escola de Administração da Universidade de Stanford, na última semana. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, disse que “está farto” do home office e o que o modelo “simplesmente não funciona”.
A opinião do empresário sobre o trabalho à distância já havia repercutido anteriormente após ele ter sido questionado por um colaborador da empresa sobre o retorno ao trabalho presencial. “Não funciona para a criatividade, desacelera a tomada de decisões. […] E não me venha com essa de que sexta-feira de home office funciona. Eu ligo para muita gente às sextas-feiras, e não tem uma porcaria de pessoa com quem você consiga falar”, disse Dimon na ocasião.
Na conversa com estudantes de Stanford, o CEO afirmou que apenas “as pessoas no meio”, como os trabalhadores de escritórios corporativos, reclamam do trabalho presencial, defendendo que muitas áreas, como de atendimento ao público, sequer migraram para o modelo remoto. Além disso, para Dimon, as conversas presenciais no escritório ajudarão os mais jovens a ter sucesso em suas carreiras e que, sem isso, as gerações mais novas estavam sendo “deixadas para trás”.
Dimon também disse que funcionários remotos tendem a não prestar atenção em chamadas de vídeo online. Ele afirmou que, em uma reunião recente, todos os funcionários na ligação estavam checando seus telefones enquanto ele falava. “Quando descobri que as pessoas estavam fazendo isso – você não faz isso nas minhas malditas reuniões. Se você vai se encontrar comigo, você tem minha atenção, você tem meu foco, eu não trago meu maldito telefone, eu não estou enviando mensagens de texto para as pessoas”, disse.
Segundo o Daily Mail, o empresário ainda afirmou que os gerentes, que até fevereiro deste ano coordenavam equipes em trabalho híbrido, estavam abrindo muitas exceções. “Enquanto isso, o número de pessoas aumentou em 50 mil em quatro, cinco anos. Não precisamos de todas essas pessoas. Estávamos colocando pessoas em empregos porque elas não estavam fazendo o trabalho para o qual foram contratadas em primeiro lugar. Simplesmente não funciona”, afirmou.
No início de março, a empresa passou a exigir que a equipe corporativa, estimada em cerca de 300 mil pessoas, segundo o Entrepreuner, trabalhasse de forma totalmente presencial. A política de retorno ao escritório foi recebida com oposição de alguns funcionários, com mais de 1.900 trabalhadores assinando uma petição a favor trabalho híbrido. Contudo, o JPMorgan manteve a decisão.
No Brasil, o movimento tem sido o oposto. De acordo com reportagem do Valor Econômico, as principais insitutições financeiras do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) têm optado pelo trabalho híbrido, com regras diferentes. No Nubank, os funcionários cumprem uma semana presencial por trimestre.
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