A transformação digital na indústria não é mais opcional | PressWorks

A digitalização da indústria brasileira já não é uma questão de escolha, mas de necessidade estratégica. Nos últimos anos, a rápida evolução da tecnologia e as mudanças no comportamento dos consumidores remodelaram o mercado, tornando a presença digital essencial para empresas que desejam manter sua competitividade.

De acordo com um estudo da McKinsey, a pandemia acelerou o crescimento do comércio eletrônico global em um ritmo que normalmente levaria dez anos para acontecer. No Brasil, esse avanço foi expressivo em diversos setores, mas a adoção de estratégias digitais na indústria ainda ocorre de maneira mais lenta e desordenada.

Diferente do varejo, onde a digitalização aconteceu de forma acelerada e direta ao consumidor, as indústrias enfrentam desafios mais complexos. Modelos comerciais baseados em distribuidores e representantes comerciais, processos técnicos de vendas e a necessidade de integração entre os canais físicos e digitais dificultam a transição para um modelo digital eficiente.

Segundo a Deloitte and Harvard Business School (HBS), 85% das indústrias globais já iniciaram algum processo de digitalização, mas menos de 30% conseguiram integrar totalmente suas operações online e offline. Essa defasagem expõe as empresas a riscos como perda de mercado, dependência excessiva de distribuidores tradicionais e ineficiência na aquisição de clientes.

No entanto, as empresas que conseguiram estruturar unidades de vendas digitais integradas ao seu modelo de negócio vêm conquistando vantagens competitivas significativas. Quando bem planejado, o digital não substitui os canais tradicionais, mas os fortalece, proporcionando previsibilidade e crescimento sustentável.

Os desafios da digitalização na indústria

Apesar do avanço tecnológico, muitas indústrias ainda enfrentam barreiras significativas para estruturar um modelo digital eficiente. Entre os principais desafios estão:

– Falta de uma política comercial integrada ao digital: muitas empresas criam canais digitais sem definir como eles se conectam aos distribuidores e representantes comerciais, o que pode gerar conflitos internos e desorganizar a precificação no mercado.

– Dependência de modelos tradicionais de venda: a indústria historicamente construiu suas vendas com base em relacionamento comercial e negociações presenciais, e a resistência à digitalização ainda é forte dentro do setor.

– Desconhecimento sobre métricas digitais: enquanto o varejo já opera com indicadores como custo de aquisição de cliente (CAC) e lifetime value (LTV), muitas indústrias ainda trabalham com previsões baseadas exclusivamente em histórico de vendas e sazonalidade.

– Dificuldade em construir uma presença digital forte: muitas indústrias enxergam o digital apenas como um canal para “estar presente”, mas não possuem estratégias claras para transformar essa presença em geração de demanda e novas vendas.

– Receio de canibalizar os distribuidores: um dos principais medos das indústrias ao investir no digital é o impacto sobre os distribuidores. No entanto, quando bem estruturado, o digital pode ser um aliado dos distribuidores, gerando demanda e fortalecendo toda a cadeia de vendas.

Esses desafios demonstram que a digitalização da indústria precisa ser mais do que um site ou campanhas de marketing digital. Ela deve ser um processo estratégico, estruturado e alinhado ao modelo de negócios da empresa.

Divulgação — Foto: PressWorks
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A experiência prática de Mayron Becker e o sucesso expressivo da iBob

Um dos exemplos mais bem-sucedidos de digitalização no setor industrial brasileiro é o caso da iBob Motores Elétricos e Automação Industrial, fundada por Mayron Becker dentro de uma fábrica de motores elétricos no sul do Brasil.

Com mais de 15 anos de experiência na Indústria somados à especialização em Growth Marketing e Marketing digital, Becker fez com que a iBob liderasse a venda de motores elétricos na internet em pouco tempo.

O objetivo inicial era apenas vender pela internet, mas Becker logo percebeu que essa venda não poderia ser feita da mesma forma que no varejo tradicional. O mercado industrial exigia uma abordagem diferente, em que o digital se integrasse ao modelo comercial existente e fortalecesse toda a rede de distribuição.

A solução foi criar a iBob como uma unidade de vendas digitais estruturada, e não apenas um e-commerce tradicional.

– Em dois anos, a empresa saiu do zero para faturar mais de R$ 20 milhões no digital.

– Criou um modelo onde o digital não competia com distribuidores, mas os fortalecia.

– Estabeleceu um processo previsível de captação de demanda e conversão de clientes, reduzindo a dependência de sazonalidades e indicações.

A partir dessa experiência, Becker percebeu que não existia um método estruturado para digitalizar a indústria de forma eficiente. Enquanto algumas empresas tentavam digitalizar suas operações de maneira fragmentada, outras investiam sem planejamento e não viam retorno.

Foi então que ele desenvolveu um método, uma metodologia baseada em sua experiência prática e adaptada à realidade das indústrias brasileiras.

“Você pode escolher: adaptar ou liderar. As empresas que lideram no digital não só vendem – elas criam oportunidades, reduzem custos e aumentam a recorrência de vendas. O digital vai muito além de vendas. Empresas que dominam a internet estão criando o futuro do mercado.” – destaca Becker

O Método 3E’s: Uma abordagem estruturada para digitalizar indústrias

Com base no sucesso da iBob e na experiência adquirida no setor industrial, Mayron Becker criou o Método 3E’s, um modelo estruturado para ajudar empresas a implementarem unidades de vendas digitais eficientes e previsíveis.

O Método 3E’s é baseado em três pilares fundamentais:

1. Estratégia do Negócio

O digital precisa estar alinhado à estratégia comercial da empresa, garantindo que ele não canibalize os distribuidores, mas os fortaleça. Essa etapa envolve:

– Definição de canais de distribuição e integração com o digital

– Política comercial que equilibre o online e o offline

– Planejamento tributário e análise de benefícios fiscais para e-commerce

O digital não é apenas um canal de vendas, mas um motor de geração de demanda. Isso significa construir uma presença digital que realmente converta em vendas. Aqui, estruturamos:

– Canais de aquisição de clientes (funis, anúncios, marketplaces, inbound marketing)

– Infraestrutura digital (e-commerce, CRM, automação de marketing)

– Definição clara do público-alvo e jornada de compra

Nenhuma transformação digital se sustenta sem processos bem definidos e equipe preparada para operar o novo modelo. Essa fase envolve:

– Definição de processos internos e indicadores de desempenho

– Catalogação de produtos para vendas digitais

– Treinamento da equipe comercial e técnica para o novo modelo de negócios

O diferencial do método está em integrar o digital ao modelo comercial já existente, evitando erros comuns que podem comprometer os resultados.

Divulgação — Foto: PressWorks
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Os benefícios de uma unidade de vendas digitais estruturada

Empresas que implementam uma UVD em seu negócio conseguem:

– Mais previsibilidade nas vendas: o digital permite construir uma base própria de clientes e leads, reduzindo a dependência de sazonalidades e indicações.

– Fortalecimento dos distribuidores: em vez de competir, o digital pode gerar demanda para os distribuidores, tornando a cadeia de vendas mais eficiente.

– Maior controle sobre precificação: sem um modelo digital estruturado, muitas indústrias perdem controle sobre os preços no mercado. Com um canal digital próprio, a empresa define sua estratégia de precificação com mais inteligência.

– Expansão para novos mercados: empresas limitadas à sua rede de distribuição tradicional podem usar o digital para acessar mercados antes inacessíveis, sem a necessidade de grandes investimentos físicos.

– Redução de desperdícios em marketing: em vez de campanhas genéricas, o digital permite investimentos direcionados a públicos realmente interessados, aumentando a eficiência dos recursos.

– Benefícios Fiscais: em vários estados brasileiros existem benefícios fiscais para e-commerce. Com uma redução de até 50% de impostos em operações interestaduais para consumidor final não contribuinte.

Para onde a indústria brasileira está indo?

A digitalização industrial não é mais um experimento, mas uma mudança estrutural no modelo de negócios. Empresas que estruturam unidades de vendas digitais conseguem prever demanda, fortalecer sua rede de distribuição e expandir mercados.

Para ajudar empresas a entenderem se estão no caminho certo na digitalização, foi criado um Diagnóstico Digital gratuito. Ele permite que gestores industriais avaliem seu nível de maturidade digital e identifiquem pontos de melhoria.

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